João Chaves, secretário de Desenvolvimento Social, prestou depoimento ao Ministério Público, na tarde desta quinta-feira, acerca do caso que investiga o furto de 82 cartões do Auxílio Inclusivo Municipal. Chaves falou como testemunha e responsável pela pasta que faz o gerenciamento do benefício.
Conforme a promotora Giani Pohlmann Saad, titular da 2ª Promotoria Cível de Santa Maria, o secretário foi questionado sobre como foi feita a investigação interna da prefeitura que levou ao suspeito, se poderiam haver mais envolvidos e se alguma medida foi tomada para evitar que a situação acontecesse novamente.
_ O secretário explicou que as conclusões (da prefeitura) vieram de várias diligências, entre elas, através de monitoramento de câmeras. A promotoria apurou a necessidade de investigar as responsabilidades de quem mais efetivamente utilizou os cartões. Também vamos ouvir novamente o investigado em breve.
Segundo a promotora, Chaves assegurou, ainda, que a Secretaria de Desenvolvimento Social detém registros de entrada e saídas de cestas básicas e de campanhas como a do Agasalho.
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O suspeito pelo furto já foi ouvido pela Promotoria Criminal. No início de maio, ele deve prestar novo depoimento à 2ª Promotoria Civil, para apurar a responsabilidade civil e suposta improbidade.
O CASO
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em fevereiro deste ano, um inquérito conduzido pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Santa Maria foi fechado e apontou o furto de 82 cartões do Auxílio Inclusivo Municipal e um gasto indevido chegou a R$ 19 mil. Pelo menos um funcionário que exercia cargo em comissão (CC) e que já foi exonerado confessou ter participação no furto. Ele auxiliava na entrega dos cartões aos beneficiados. Como cada cartão tinha um crédito de R$ 400 (dividido em duas parcelas de R$ 200), o saldo total seria de R$ 32,8 mil. O gasto indevido, porém, foi de R$ 19 mil. A diferença de R$ 13,8 mil foi bloqueada antes de ser utilizada.
Uma sindicância foi aberta na prefeitura. O silenciamento inicial do Executivo em se manifestar a respeito do caso foi quebrado quando o secretário veio à público para lamentar supostas acusações que viralizaram em áudios de WhatsApp, que o colocavam sob suspeita de desvio de cestas básicas. O desdobramento dos fatos também gerou cobranças por parte do Legislativo municipal e da própria comunidade.